Dilúvio em fúria.
No céu desponta uma pálida lua
Que sobre a minha rocinha flua
Sem a luminescência das estrelas
Nuvens negras geram premonições
Trovões e raios rasgam o céu descorado
Incertezas estão atassalhar a noite vazia
Olhos indecisos fitam o empíreo desalinhado
Paisagem que amedronta por recear a tempestade.
Riscos de filetes em fogo cortam o firmamento
Antes límpido e encantador. Que agora amedronta.
Como a tragédia a desenhar-se nos pensamentos
Dos que se assombram com o dilúvio em fúria.
Obs: Este poema é a minha homenagem a favela da rocinha.
Rio de Janeiro. Nunca morrei em favela. Mas, como todo carioca
tem o seu clube de coração. A rocinha é a favela do meu coração.
Nilópolis, 12=03=2015.