COTIDIANO-SE
consumo a poesia como fome
pois é de mim que ela foge
o céu é s(ó) mais um céu
se as nuvens não são pinturas
não me ponho em sol
chuveiro é chuva
estrela é lâmpada
sonhos são sono.
O quão longe eu posso chegar?
-Não navego, apenas ando apressado
-Não espero, falo sem compasso
-Não me sinto, sou confusão
A gravidade repousa, e perco a lua
A sede embebeda, perdi teu gosto
Sim, cheguei, mas errei de caminho.