COTIDIANO-SE

consumo a poesia como fome

pois é de mim que ela foge

o céu é s(ó) mais um céu

se as nuvens não são pinturas

não me ponho em sol

chuveiro é chuva

estrela é lâmpada

sonhos são sono.

O quão longe eu posso chegar?

-Não navego, apenas ando apressado

-Não espero, falo sem compasso

-Não me sinto, sou confusão

A gravidade repousa, e perco a lua

A sede embebeda, perdi teu gosto

Sim, cheguei, mas errei de caminho.

Yana Moura
Enviado por Yana Moura em 12/03/2015
Código do texto: T5166809
Classificação de conteúdo: seguro