PROLEGÔMENOS
Escrever par mim é um vício
que se fez desde o inicio,
uma espécie de sina,
que insiste e ensina,
porque,
Se nasci para escrever,
então escrevo,
Se não nasci para escrever,
assim mesmo escrevo,
agora,
se é de qualidade o que escrevo,
isto eu não sei, sei escrever,
então escrevo,
mas,
Estupefato, chego a conclusão
de que escrever é ilusão,
é viver em reclusão,
é ir de encontro a ignorância,
é combater a intolerância,
minha, de poeta diletante,
de alma insipiente.
Ab inition havia o verbo,
caos absoluto e soberbo,
e Deus querendo escrever, ordenou;
Fiat-lux, e a luz se fez,
graças a isto,
a noite posso escrever,
agora se bem escrevo,
isto é outra história a escrever,
no momento escrevo,
portanto;
se escrever para mim é um vicio,
que me acompanha desde o inicio,
não há o que fazer,
a não ser escrever por prazer,
As infinitum.