A sala

A sala

Fala coração.

Explode a voz contida no peito.

Fala coração saltitante.

Ao som do berrante que corta esse rincão de saudade.

Exprime exala.

Vazio inerte frio, inócuo como a poltrona da sala vazia.

Um momento um pensamento.

Um céu cinzento.

Quebranta a alma que não cala.

No vazio da poltrona da sala vazia.

Fala coração eu emoção.

Perdido nos emaranhados dos sentimentos.

Explode a voz contida no peito, já não tem mais jeito.

O que há de ser será.

Não morra que a dor não desata o nó.

Fere machuca dilacera.

A sala continua vazia como a jarra na pia.

Os olhos secos as mãos frias.

Grita!

Grita com toda razão.

Na garupa da solidão busco-te.

Agarrado as crinas do pensamento.

Comtemplando a poltrona da sala vazia.

Chora que a noite se faz tardia.

A sala estará vazia.

Sempre.

Amantino Silva 01/02/2015