Revolta
Carrego em meu peito uma dor latente, quase inconsciente que às veiz me faz chorá, trago em minhas mão as marca de um trabaio sofrido e quase nunca reconhecido. Em tua mesa saboreia o fruto que prantei, e que na minha, poucas veiz exprementei. Caminho lento, buscando respostas que se vão com o vento. Amargo a certeza de um futuro que jamais terei, acreditei na farsa verdade dos homi em seus terno de linho, e hoje abandonado e suzinho, vou seguido meu triste caminho. Nos jornar as manchete ocurtam verdades e mostra mentiras, e em uma página um crime vem revelá: "a sociedade num sabe mais amá", e aquele trabaiadô desempregado, em marginar se transforô, e pra cada um de seus fio, o destino, não um diproma mais um númoro em seus futuro crassificô, nossos valô tão mar dividido faz do homem animar, e mostra que cada cidadão faz do próximo, seu maió inimigo. Me pede paciênça, me pede compreensão, porém seus fio numa boa escola aprende como ganhá um milhão, mais em meu barraco o meu morre de inanição. Hoje pede meu voto, pois é candidato numa próxima eleição, promete saúde, arroz e na mesa muito feijão, promete justiça e aos curpado condenação, mais tenho certeza, que uns acordo, aos corrupto dará absorvição, promete que dispois de eleito, a mesa será farta, talvez ité seja, mais em seu castelo, nunca em meu pobre casebre. Sabe moço, dispois de tanto sofrê resorvi por promessas vaga meu voto nunca mais vendê, e se queres por ele se elegê, me mostre um feito, que faça de vós o candidato perfeito pra na assembréia meus direto defendê, mais tenha certeza, se honesto fô muito farão pra lhe corrompê, num sô dipromado, nem tenho curso superiô, num tenho casa pra morá, e minha dignidade num sei onde tá, sô apenas um capiar, desempregado e sofredô, sô apenas mais um brasileiro, que a pátria pariu e dispois abandonô, e só nesse momento que querem nosso voto, somo lembrado, seu doutô.
Poema de Orlando Jr.