luz
o tempo
da vida não é o tempo
do homem.
Cronos desce a cabeça
e se deita diante do inefável
por isso os rios
não se acabam
e o mar transborda pouco
o amor segue o princípio
não cede a ordem do homem
não estanca a dor de não aguenta-lo;
o amor é amoral em seu desejo
que estar na terra e nas arvores
nas casas e nos seus arredores
o amor não finge e nem se aleija
vibra sobre as cabeças
e nas agruras das trevas