MULHER
Sensibilizava com as dores alheias.
Tinha impressões singulares sobre a literatura.
Seu carinho partia das palavras aos gestos.
Astuciosa o bastante para compreender as intenções.
Era frágil e delicada como tinha de ser.
Sua coragem era evidente em tempos difíceis.
Ansiosa era com o amor, com a roupa e agenda do dia.
Mas sabia ser indiferente quando precisava ser.
E atraia com devoção o desejo de sua afeição.
De olhos ora lacrimosos, ora alegres, sentia-se bem.
Pois alguém a fazia sentir-se única e vivamente especial.
Ela não sabia como ele o havia conquistado seu coração:
Se fora a insistência, a simpatia, alegria, música, a literatura ou destino.
Ele não era tão lindo, nem tinha muitas posses, mas era divino...
Fazia-lhe pensar nele a cada minuto do dia, e com isso concluía:
Já não era uma menina, mas simplesmente uma mulher.