BEM MENOS É O AMOR PARTE 1
Bem menos é o amor!
Tão comum é aceitar à cama,
Como habita sobras em nossos lençóis,
Deitar com corpos sem nada de mim...
Nunca foi doença,
Doença é não aceita o que sou!
Essa carga que carrego,
E não sei por quê!
Coisas desnecessárias,
Se junta como escamas,
Tão menor somos,
Cravado!
Meu corpo é uma cidade virgem,
De tão tocado, petrifiquei-me,
E pedra, formei-me poeta.
Tanto segredo visse em meu corpo nu,
Meus olhos, nunca olhar-se...
Estranhos, nunca mentir com os olhos,
Mas meu corpo é lama...
E tão cedo o dia que nasci carrego
Lembranças do ontem!
Bem menos é o amor!
Na minha cama, nunca houve palavras,
Há, como deveria falar- te.
Se o que queres de mim é carne!
Maldita; eu serei podre!
Bem menos é o amor!
E bêbado fico em casa,
Bem menos é o amor!
E tão cedo me recolho,
Bem menos é o amor!
E vomitar e bem, mas fácil,
Bem menos é o amor!
Mas é de dor...
Que o corpo ferve.