AS PORTAS DA MINHA POESIA
Ah, quantas portas abrem a minha poesia!
Levam-me à labirintos infindáveis
Cada uma um mistério
indecifrável_ apesar de escancaradas.
São portas pelas quais ninguém passa!
Vislumbram, apenas vislumbram
pelas frestas
mas não as adentram.
Impossível você cruzar os seus umbrais.
Ei sei onde me levam.
Cada uma delas.
Fazem parte do meu imenso castelo
de cartas.
E a cada uma delas pela qual adentro.
Um verso.
Uma rima_Talvez.
Um sorriso.
Uma lágrima,
amor,
melancolia,
sensualidade,
languidez...
Deixo-as abertas.
Quem puder, e quiser,
entrem, estejam à vontade.