NA MINHA HUMILDE CASINHA!
Na minha casa modesta
Tenho sempre a porta aberta
Para quem quiser entrar.
E se tu vieres, faço a festa
Porque a saudade aperta
Sem ti…já não sei passar!
Há sempre pão sobre a mesa
Ainda que pouco seja
Porque o dinheiro escasseia,
Só que aqui espanto a tristeza
E o sonho do que se almeja
Senta-se com a gente à ceia!
Há um copo que se ergue
Dando vivas a quem está
Sentado nesse banquete.
Há um fantasma que persegue
O pobre povo quiçá
Festejando sem um foguete!
É tão humilde o meu lar
No entanto cheio de ternura
Onde reparto bonanças.
Nele podem habitar
Até anjos de candura
E as mais doces crianças!
Venham ver esta casinha
No seio do Alentejo
Pintada de rubra cor.
Não é apenas por ser minha
Mas é o lugar que desejo
Pra vos doar…todo o Amor!