UM SENTIDO
A alfazema da morte não se dilui
Assim fácil em dois dedos de pranto
Assim como esse sábado que não flui
E nem ouve minhas preces em esperanto
O patchuli do tédio persiste
E não abandona o ar onde se apega
E saber que esse dia morto existe
Tanto existe que se nomeia e não nega
A lavanda da alma é fraca
O pinho do corpo é pouco
A mirra do sangue é rala
A verbena da vida não emplaca
O sândalo do homem é louco
O almíscar da carne fala