No vão das coxas
Há
no vão das minhas coxas
Amor
no poço e na retina
de fato
há
entre mentiras
teto
claraboia.
Há
no áspero futuro
a flor
opaca das horas
evidenciando
nos espaços, a parede
nua de encanto.
A casa
enunciando
o
bem mais.
Na sede
ávida
de simetria
desfilando
teu casaco pérola.
desfiando
marca e tragédia.
Ouso alegar:
Há
ainda
no vão das minhas coxas
Amor.