ÊXTASE

Enquanto as luzes das estrelas

Que não chegam a ser lampejos,

Lutam para romper o manto da noite,

Num êxtase escuto um violino chorar na solidão da noite.

Na morna calmaria

O luar com estranha leveza percorre todo o jardim,

Que dorme mergulhado na escuridão.

A noite se curva tremendo de frio

E o vento caminha sozinho.

Entre o prazer e a dor,

O sorriso e a lagrima,

Chora o violino na solidão da noite.

Tropeçando em divino som,

A bruma se levanta de mansinho,

Da ternura de uma fonte.

Como a saudade que nasce no meio do caminho,

Sem que se veja crescer,

o dia começa a desapontar.

E como um último escalão dos sonhos,

o som do violino morre lentamente.

Zulema Costa Mello
Enviado por Zulema Costa Mello em 07/03/2015
Código do texto: T5161324
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