as almas intelectuais dos alquimistas

apenas uma arma na mão

o engate levemente frouxo

do casaco largo

ao gosto de engodo

e o canto do olho que enxerga o agouro

os papeis de liberdade pelo chão

e da saudade vazia

que toca aos assustados

inunda um manto de imperfeição

e cala a utilidade da razão

é poeta o primo do amigo do cunhado do seu irmão?

foram vagas as referências

e inaceitáveis as definições

e era apenas uma arma branca na mão

uma extensão da raiva

uma rachadura nas convicções

ali nascia a duvida

no ninho de cianeto

no meio da escuridão

e de um choro estridente

que despertava curiosidade

nos despertos de mutação

e tudo parece tão pequeno e fútil

fétido e inútil

que pode não compensar a caminhada

de telefonemas perdidos e mensagens não lidas

uma inatingível personalidade que hipnotiza

uma falta de atenção

negligência velada

explosão de contravenções

e a ausência de sinais impressiona ao mais atento dos analisadores

e tudo é esquecido

superado

tentando se ou não

querendo se ou não

substituições

substitutos da dor de alguém

substitutos da perda de alguém

e da magoa

e substituímos numa troca indelicada

numa vingança fatídica

e uma inescrupulosa continuação

disfarçada de panaceia

antiquark
Enviado por antiquark em 07/03/2015
Código do texto: T5160905
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