MIRTES ENTRE OUTROS CONTOS
A CRÔNICA DE VOLÍFERA
Faça das coisas que usas
a mesma maquiagem
dos dias que abusa
vai ver o cara veloz
num terno marron
listrado
quer ser a jovem guarda
de um passado
evoluído em moda
desce aos cantos
sem encantos
onde os covardes
dançam seu descanso
vendendo corpos
cansados da vida
um litro não faz diferença
poucos volumes
de som não a tocam
vitrola ligada
companheira retocada
muda de tom
a voz baixa
meio tom exagerado
guitarra e um fole
quebrado
gaita de boca
alguém quer sua boca
por gaita
senta a frente
sem pedir nada
nem licença
o cão da rua late
estridente
quer um dos petiscos
do “prato ainda vazio”
lhe oferece um
sopro alcoólico de conversa
coisas que interessa
mais nada além
do além que ela quer
com pressa
e não vem
desdém se torna
sua blusa no feixe
subindo acima
quem está por perto
descendo seios a mostra
operando mãos a obra
pés ligeiros
visitam primeiro
todo corpo tremendo
correndo vontades
no olhos aguçados
o cara a sua frente
Um velho encorpado
senhora da cantina
mais dois velhos
do carvalho
no meu copo
uma peça de teatro
engraçada
a mesa de jogos
agora precisa ficar
mais perto
os tacos se encontram
com meus ombros
preciso ir embora
há outra mesa
a certeza avante
vai destruir meu longo filme
tem um posto na esquina
lá tem café sem açúcar
e um crivo mentolado
o velho me segue
como a tarde infantil
da chegada
agora desista
o infanto que cresce
envelhece e morre
não vi minha sombra
hoje ainda...
MIRTES BETWEEN OTHER TALES
A CHRONICLE OF VOLÍFERA
Do the things that you use
the same makeup
days of abusing
will see the fast guy
in a brown suit
striped
wants to be the young guard
of a past
evolved into fashion
down to the corners
unlovely
where cowards
dance your rest
selling bodies
tired of life
one liter makes no difference
few volumes
sound not play
record player connected
retouched companion
changes tone
voice low
through exaggerated tone
guitar and a bellows
broken
harmonica
someone wants your mouth
by harmonics
sits forward
without asking anything
or license
the street dog barks
shrill
either one of the snacks
the "still empty plate"
offers you a
alcoholic breath of conversation
things that matter
nothing but
the addition she wants
in a hurry
and does not come
disdain becomes
her blouse in the beam
rising above
who's around
breasts down the show
operating hands to work
light feet
first visit
whole body shaking
running wills
in sharp eyes
the guy in front
An old stocky
canteen lady
two old
Oak
my cup
a play
Funny
the table games
now need to be
close
the bars are located
with my shoulders
I must go
no other table
sure onwards
will destroy my long movie
has a station on the corner
there is coffee without sugar
and minty sieve
the old follow me
such as child later
Arrival
now give up
the children growing
age and die
I saw my shadow
today still ...