JUÍZO

As vezes saio de mim

Na busca do ver melhor

De fora para dentro sem dó

As vezes, o começo no fim

A priori me ausento por duvida

Será mesmo essa a razão?

Será que sinto ou é ilusão?

Tenho a alma sem fronteira e túrgida

E quando viajo, canto aflito

As feridas abertas do mundo

Os prazeres de abismos profundos

E a falsa verdade, calando os gritos

Na fornalha eficaz e inglória

Atiro os mitos, tabus e medos

Desinventando silêncios e segredos

No hemisfério oculto da história.