AS FACES DA MENINA MÁ ( baseado no romance de Vargas Llosa - Travessuras da menina má)
Lily, chilenita, apareceu
Em um verão fabuloso
No campeonato peruano de mambo
Dançando num ritmo saboroso
Cheio de malicia e alegria
Com um olhar misterioso
Em Paris, nos anos sessenta
Ricardo vivia em extrema pobreza
Até um dia conseguiu ser tradutor da UNESCO
Arlete, por sua vez, lhe parece de surpresa
Não era mais a chilenita
Tinha se tornado uma guerrilheira cheia de frieza
Madame Robert Arnox
Essa foi sua outra identidade
Esposa de um renomado diplomata
Que lhe expressava amabilidade
Mas para a Sra. Arnox
Isso não lhe trazia felicidade
No auge do movimento hippie
O lema era sexo e paixão
Agora a menina má, era esposa de Richardson
Senhor que por cavalos tinha admiração
Exposição e hipismo
Era sua diversão
Lily, chilenita, amante e guerrilheira
Otilita seria seu nome verdadeiro
Olhos cor de mel constelado de faísca
De falar sempre zombeteiro
Dizia: Ricardito, coisinha – à toa
Me faça gozar primeiro
Kuriko a janonesita
Um novo codinome adotou
Escrava sexual de Frikuda
Um gângster por quem se apaixonou
Entre orgias e voyeurismo
Sua personalidade destroçou
No fim de sua vida
A menina má se diz apaixonada
Por Ricardito seu grande amor
De breguices declaradas
Um cavalheiro Miraflorense
Autor de uma história pra ser contada