Ontem ao luar

Ontem ao luar, esperando a estrela matutina

Reminiscências de um dia que já se foi

Mesmice do cotidiano, futuro de angústia

Vida breve, estrada dialética, pensamentos que voam

Ontem ao luar, esperando a quietude plena

Buzinas infernais, respirando enxofre, vomitando esgoto

Vida urbana, dormindo na rua, passeando na cama

Amor virtual, a rosa cinza de esterco, a água fecal que bebemos

Ontem ao luar, esperando dias melhores

Palanques sem mazelas, prato vazio na mesa do pobre

O poeta reconhecendo a sua ignorância, a Pós-modernidade deixando os homens mais burros.

A poesia conversando com Deus, os homens sem ideais morrendo na inércia do pragmatismo.

Giovani Ribeiro Alves
Enviado por Giovani Ribeiro Alves em 05/03/2015
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