QUIMERA EU

quisera eu

ter as rédeas de todo algo que há

poder ver até o que não há de ser

adiantar o que um dia talvez será

quisera eu

reter nas mãos as sementes do porvir

romper a teia que o tempo há de tecer

e interferir na frágil estrutura do existir

quimera eu

de violento proceder

e pronto desistir

quimera eu

de covarde refletir

e vero perecer