MIRTES E A ORDEM DO VENTRE
MISTÉRIOS VINDOS
 

 
A Lua descobre o escuro
Que a terra possui
A única luz
Ilumina a vontade descida
Sobre as “esferas” do
Que vem permitido
Ficar por sobre a lua
O que tem horizontes
Dobrados
O eterno no olhos
O passado que se vinga
No Aliém
Desisti de descer
Sombra no portal
Que agora vive
Outro tempo
Observa como vulto
Dentro da caverna
Eterna imensidão
Governa o novo
O que era terra
Perde o equilibrio
Diante da força
Nutrida
O templo se abre
A Hórus diante
Da grande Deusa
De toda Ordem
As damas da coorte
se comovem
as troianas  e as raptoras
do vale perseguem
raios de luz
invandindo a colina
descem
almas percorrendo o vale
o que era morto
volta a viver
cavernas brilhantes
 lápis-lazuli derrete
como velas acesas
formam correntezas
mágicas
abrem portas escondidas
a todas as ninfas
um tapete vistoso
convida ao banquete
cerca o entorno
do que se forma
no tempero da volúpia
as almas descidas
caem nos terrenos
como chuva ungida
do que persegue
o que dentro quer sair
banir o couro
e as lãs protegidas
do seu muro
adormecem os claustros
da “fervura”
que se esconde
lanças de fogo
queimam o fervor
de todos
corvos grasnam nas
entradas em volta
onde comidas
perfumadas
estão sobre a mesa
o chão adornado
pelo alecrim-do- campo
os tronos de ouro
e prata
reinam ainda sozinhos
quem espera
dança uma musica divertida
sorve um vinho doce
na floresta diante do rio
vento frio
em suores de corpos
o viril indomado
a fêmea vingada
na alegria
agora quer mais
do que antes queria
Lilith está em seu leito
Aguarda o possuído
Que descende das estrelas
Traz o céu
Como um mar jorrado
Nas pedras
O banquete terá
Outro veneno mortal
Niferús reluz diferente
Estátuas dos gárgulas
Se tornam  águias
Virmínia desfaz
O que impuro
desce querendo
desfazer
a magia abraça
os montes e vales
com frieza
sente a presença de Lilith
Criptas-morten
Não deve ser tocada
Ordena que chame
Âdora e a troiana-liberta
Tragam a espada de saibre
Até a mim
Hórus traz os versos
De outrora
O que tem vontade
Torna a voltar
Abram o crepúsculo
Da torre
Aos ventos trazidos de alma
Lá ficaram dissolvidas
No sacrário
o verdugo que
se faz atroz
ouve outra voz por dentro
dorme de olhos
 fechados de dia.



MIRTES AND THE ORDER OF THE WOMB
MYSTERIES COME


The Moon discovers the dark
That the land has
The only light
Illuminates the descent will
About the "spheres" of
What is allowed
Be over the moon
What's horizons
Folded
The eternal in the eyes
The past beam is
In the combine
I gave up down
Shadow on portal
Now living
Another time
See how major
Inside the cave
Eternal immensity
The new rules
What was earth
Loses balance
Given the strength
Nourished
The temple opens
The Horus before
The great Goddess
In any Order
The cohort of ladies
are moved
the Trojan and the raptoras
Valley chase
Light rays
invading the hill
down
souls going through the valley
which was dead
back to live
bright caves
 lapis lazuli melts
such as lighted candles
form rapids
magic
open hidden doors
all nymphs
a showy carpet
invites the banquet
about the entrono
the formed
the spice of pleasure
declines souls
fall in land
as anointed rain
the chasing
what inside and out
ban leather
and protected wool
of the wall
fall asleep the cloisters
the "boiling"
hiding
Fire spears
burn fervor
all
crows cawing in
entries around
where food
scented
are on the table
tufted floor
by rosemary-field do-
the golden thrones
and silver
still reign alone
those who wait
dance a fun music
sipping a sweet wine
in the forest on the river
cold wind
in bodies of sweats
Manly untamed
the female avenged
in joy
now wants more
than before wanted
Lilith is in her bed
Awaits the possessed
Descended from the stars
Brings Heaven
As a sea spurted
On the rocks
The banquet will
Another deadly poison
Niferús different glitters
Statues of gargoyles
Become eagles
Virmínia breaks
What unclean
falls wanting
undo
the magic hugs
the hills and valleys
coldly
feels the presence of Lilith
Crypts-mortem
It should not be played
Orders call
Worship and the Trojan-releases
Bring the sword saibre
To me
Horus brings the verses
Of yore
What wants
Makes return
Open the twilight
Tower
At brought winds of soul
There were dissolved
In the tabernacle
the assassin who
it is atrocious
hear another voice inside
sleeping eyes
 closed day.