Versos Ébrios

Versos Ébrios

Aquela vela que revela tal semblante

Movendo-se inquieto pela escuridão

Tal como espírito aflito e errante

Vertendo doces goles em profusão

Goles após goles encena a morte

Rubro do vinho recria seu destino

Tentando avidamente ter suporte

Por sentir-se no mundo clandestino

Então alterado pela embriaguez

Sua pena desenha suavemente

Versos que transcrevem sua mudez

Ante a este mundo decadente

Perpetuando apenas sua decadência

Numa condição tão desconhecida

Sem amor, vivendo da indecência

Que todo poeta acha merecida

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 04/03/2015
Código do texto: T5158203
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