O antídoto do carma
Eu escrevo um poema
Com as propriedades de poeta
Que é o desconhecido
Mais familiar que conhecemos
Porque diz o que diríamos
Sem precisar de nossa boca
Jardineiro da flor da nossa pele
Agua mágoa com verso
Fotografa em sua grafia
Nosso intimo secreto mistério
Transformando mudo nossa fala
Em estado de poesia
Saiba leitor amigo
Que com a mão direita escrevo pedra
Mas com a esquerda escrevo nuvem
Todos nossos sorrisos são feitos de lágrimas
Todas as nossas coragens são feitas de medo
Uma coisa é feita de outra
Exatamente contrária daquela
E perceber isso é descobrir a fórmula
O antídoto do Carma
A gente nasce chorando
E deve morrer sorrindo