Versos rupestres

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Grifo meus versos em cavernas.

Minha tessitura é rupestre, pré-histórica...

Nas paredes, linhas singelas.

Nas almas criadoras, indagações.

São rabiscos humanoides;

estruturas ovoides, poucas retas:

traços denunciando o passar do tempo.

Há laços de famílias nômades.

Vejo casais, lutas renhidas e morte.

Vejo vidas entregues à própria sorte.

Séculos e séculos...

E aqui estamos nós, séculos depois.

Os mesmos homens;

os mesmos medos e rabiscos...

Hoje, pintados em três dimensões.

Iguatu-CE, 3 de março de 2015.

20h29min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 03/03/2015
Código do texto: T5157131
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