quiromancia

na bruma das mãos

há topos, mares,

pedras e dunas.

neste espaço tão pequeno

já adormeceram muitas terras,

folhagens e quimeras.

a quiromante se pergunta

como é que numa fina linha

se guardam tantas funduras;

como é que uma curva

diz tanto sobre amor, gasturas

e como canta em paz

mil fados encerrados

em águas turvas

à quiromante muito se pergunta

mas nas mãos há muita bruma