Sou o que ninguém mais quer.
Sabe aquela pergunta que ficou sem resposta?
Aquele (zero) como nota;
Aquele con(junto) vazio que vive separado, tão solitário;
Aquele espaço vago no cantinho do armário;
Aquela estante de um livro só;
Aquela garganta que deu um nó;
Aquele espetáculo sem aplausos no final;
Aquela palavra doce que de tão repetida, ninguém quer mais ouvir por a acharem banal;
Aquela música lenta que só traz paz, mas que ninguém quer ouvir mais;
Aquela tranquilidade, aquele chão firme que todos pensam
que é fechada, que na verdade não existe;
Sabe aquela alegria triste?
Aquela tristeza sorridente que já enganou muita gente e já não engana mais?
Pois é ...
Sou Eu!
Sou o que ninguém mais quer.