é! caburé!

sabe como é que é

no dia que era filé

a ideia me deixou a pé

fiquei tal mané

afogado no próprio rapé

perdido na minha fé

no verso – na poesia até

sabe como é que é

não é josé o zezé

nem joca o joão é

saudade da tremapé

cachaça antes do café

bato sempre no contrapé

antes do padre o pajé

sabe como é que é

quando sobe a maré

é hora de pegar o boné

voltar pra minha ralé

onde ainda sou pelé

o galo garnizé

lá me reconheço caburé

sabe como é que é