Monstruosidade impiedosa
Perdi a pureza quando vi que a vida não era pura
E que existiam monstros no quintal da casa escura
Me assombrando desde o outro lado da rua
Pessoas que não tinham mais coração
E nenhuma melodia que virasse canção
As nuvens negras que se aproximaram em solidão
Enquanto as flores murchavam antes de amanhecer
As construções tiravam as árvores do sonho do crescer
E o mal humano sempre foi o de estar aqui só por querer
E nessa absoluta querência
Sem nenhuma advertência
Sigo nessa fria ausência