PRÓPRIAS PEGADAS!

Calcei meias e sapatos do generoso orvalho,

Vesti as mangas leves daquele vento suave,

Enchi meus pulmões, com perfume bom de flores,

Inflados viraram asas e fortemente voaram.

Me bati em galhos vivos de Sequoias Milenares,

Em Samambaias Gigantes com gosto forte de amargo,

Enxerguei a Luz do Sol ofuscante de beleza,

Margeei o oceano e junto de um pico observei...

Sem fôlego titubeei na descida tumultuada,

Esbarrei em pedras grandes e espinheiros sagrados,

Procurei logo o Luzeiro dos que rezam em devoção,

Pousei com suavidade com a lamparina na mão!

De volta ao chão, seguindo as próprias pegadas,

Com o clarão da Lua, penso os lugares passados,

Jamais esquecerei, a viagem que ensinou,

Descalço os sapatos e asas mas continuo voando!

Zastra
Enviado por Zastra em 28/02/2015
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