PRÓPRIAS PEGADAS!
Calcei meias e sapatos do generoso orvalho,
Vesti as mangas leves daquele vento suave,
Enchi meus pulmões, com perfume bom de flores,
Inflados viraram asas e fortemente voaram.
Me bati em galhos vivos de Sequoias Milenares,
Em Samambaias Gigantes com gosto forte de amargo,
Enxerguei a Luz do Sol ofuscante de beleza,
Margeei o oceano e junto de um pico observei...
Sem fôlego titubeei na descida tumultuada,
Esbarrei em pedras grandes e espinheiros sagrados,
Procurei logo o Luzeiro dos que rezam em devoção,
Pousei com suavidade com a lamparina na mão!
De volta ao chão, seguindo as próprias pegadas,
Com o clarão da Lua, penso os lugares passados,
Jamais esquecerei, a viagem que ensinou,
Descalço os sapatos e asas mas continuo voando!