Eu renasci
Me deixo queimar e queimo
Lentamente no meu ninho ,abro minhas asas
Nessa hora sei que é chegada a "minha hora"
A hora de morrer para renascer
Dores lancinantes me castigam
Dores não tão grandes e ferozes
Quanto às que carrego na alma
É preciso que o fogo me devore
Para que elas morram
Nessa longa agonia padeço
Sofro , grito,me dilacero lentamente
Apenas eu ,o sol e meu ninho
É a hora da transição
Da transmutação...
Agora choro...vou ao chão...
Mas sei que não será meu fim
Apenas uma passagem onde sairei renovada
Plena ,forte ,inabalável...
Do calvário ao infinito
Viro cinza ,viro pó
Não importa as dores,
Não importa a tormenta,
Eu sobreviverei ,
Feito a ave mitológica.
Feito o gigante Anteus
Toco na terra e minha força renova-se
Me torno invencível
Pronta para recomeçar,
Pronta para sonhar ,
Livre para voar...
E eu vim ,
Eu vi ,
Eu venci...
Eu renasci das cinzas!