MIRTES NA PARADA CARDÍACA
Os pés descalços
Na chuva que não para
Desde muito cedo
Quando as horas
E o relógio
Falavam do tempo
Indo
O tempo da saudade
A poucos passos
De um inverno
Sorrindo
O que vaga pela estrada
Não tem parada
Dentro dela
Só a calçada
Encharcada os passos
Dados no passado
Distante que vai
E o que fica
Molhado
Nos passos dados
Queria sorver
Este gosto amargo
Mesmo o barro
Poderia moldar
Ele de novo
Parar o vento
Mentir um dia
Quando possuía
Seu rosto colado ao meu
Quando meu rosto
Junto ao dele
Sofreu
Distância nascendo
Um de nós morrendo
Se ele vai encontrar
A outra metade
Do seu ser
Não saiu tendo
A chuva caindo
Saiu de novo
Sorrindo
Um braço estendido
Na janela do trem
Mão que acena
Não sei o quê
As mãos calientes
Quero dentro do meu peito
Quem sabe a face
Acenasse
O lugar onde mora a alma
Poderia sair
O que conheço
Mora dentro de mim
Os graves e agudos
Os sussurros
E o que dentro agora
Vaga desespero
Poderia ficar
Estendido junto ao chão
Como o coração
De quem não pode
Correr tão veloz
Como a voz
E as discrepâncias
Do altar algoz
que leva ele embora...
MIRTES IN CARDIAC ARREST
Barefoot
In the rain that does not stop
Very early
When hours
And the clock
Speaking time
Going
The time of longing
A few steps
A Winter
Smiling
The wandering the road
Has no stop
Inside
Only the sidewalk
Encharcadae steps
Data last
Distant going
And what is
Wet
The steps taken
Did sip
This bitter taste
Even clay
Could shape
He again
Stop the wind
Lying one day
When possessed
His face pressed to my
When my face
Juunto to it
Suffered
Distance born
One of us dying
If he will find
The other half
Of his being
Did not come out with
The rain falling
Went out again
Smiling
An extended arm
From the train window
Hand waving
I do not know what
Hands calientes
I want inside my chest
Who knows the face
Waved
The place where the soul lives
Could leave
What I know
Dwells within me
The bass and treble
The whispers
And what in now
Vague despair
Could be
Extended to the ground
As the heart
Who can not
Run as fast
As the voice
And discrepancies
The executioner altar
it takes it away ...
Os pés descalços
Na chuva que não para
Desde muito cedo
Quando as horas
E o relógio
Falavam do tempo
Indo
O tempo da saudade
A poucos passos
De um inverno
Sorrindo
O que vaga pela estrada
Não tem parada
Dentro dela
Só a calçada
Encharcada os passos
Dados no passado
Distante que vai
E o que fica
Molhado
Nos passos dados
Queria sorver
Este gosto amargo
Mesmo o barro
Poderia moldar
Ele de novo
Parar o vento
Mentir um dia
Quando possuía
Seu rosto colado ao meu
Quando meu rosto
Junto ao dele
Sofreu
Distância nascendo
Um de nós morrendo
Se ele vai encontrar
A outra metade
Do seu ser
Não saiu tendo
A chuva caindo
Saiu de novo
Sorrindo
Um braço estendido
Na janela do trem
Mão que acena
Não sei o quê
As mãos calientes
Quero dentro do meu peito
Quem sabe a face
Acenasse
O lugar onde mora a alma
Poderia sair
O que conheço
Mora dentro de mim
Os graves e agudos
Os sussurros
E o que dentro agora
Vaga desespero
Poderia ficar
Estendido junto ao chão
Como o coração
De quem não pode
Correr tão veloz
Como a voz
E as discrepâncias
Do altar algoz
que leva ele embora...
MIRTES IN CARDIAC ARREST
Barefoot
In the rain that does not stop
Very early
When hours
And the clock
Speaking time
Going
The time of longing
A few steps
A Winter
Smiling
The wandering the road
Has no stop
Inside
Only the sidewalk
Encharcadae steps
Data last
Distant going
And what is
Wet
The steps taken
Did sip
This bitter taste
Even clay
Could shape
He again
Stop the wind
Lying one day
When possessed
His face pressed to my
When my face
Juunto to it
Suffered
Distance born
One of us dying
If he will find
The other half
Of his being
Did not come out with
The rain falling
Went out again
Smiling
An extended arm
From the train window
Hand waving
I do not know what
Hands calientes
I want inside my chest
Who knows the face
Waved
The place where the soul lives
Could leave
What I know
Dwells within me
The bass and treble
The whispers
And what in now
Vague despair
Could be
Extended to the ground
As the heart
Who can not
Run as fast
As the voice
And discrepancies
The executioner altar
it takes it away ...