MIRTES E A ORDEM DO VENTRE
O PRIMADO VERTE
Um fauno satiriza
As borboletas ao redor
Do templo de Míédrus
Cantando versos
Enfadonhos
Os habitus roseados
Das mulheres
Entre as ninfas
Que são esposas
Distintas
E trazem as velas acesas
De dezenas de cores
Por todo vale
Ilumina-se um começo
O mesmo ainda parece
Ser desenhado
Olhos de agonia
Não há sorriso
Em seus lábios
Observa atenta Âdora
Destina ao Fauno
Traga as oferendas
Preparadas
E um canto mais alegre
Sem ofensas
Aos pudores
A festa dos lobos
será na colina
próxima a relva
onde as ninfas
servirão suas frutas
e o mel mais doce
aqui servirão ao Descido
e o Grande Deus Hórus
também Lilith
senhora de todo reino
da Ordem
as damas da coorte
as troianas
e as raptoras
formam os dois lados
da mesa
entre Virmínia
e a mim mesma
no centro de todas
as velas de cores
tão belas
dançam o pequeno
vestígio de vento
logo se afastam
recolhidas
em meio aos arbustos
onde troncos
adornados por flores
serão sua cena
as testemunhas
da abertura do portal
do entre-mundos
antes mudas
agora sentem o frio
que tem o centro
da nervura do todo
onde o novo
viverá depois no eterno
andará pelas eras
e aquelas mesmas
postas ali
serão um ponto
no que deve seguir
são elementos
de culto
a noite não chega
a tarde é escura
por força da Deusa
olhos aos céus
seu véu vermelho
voando
desenha o sombrio
Parece perscrutar
Horizontes
A fonte do que
Está deserto
E pode nascer
No momento em que a lua
E o sol se encontrar
Formarão o símbolo
De quem a sina
Do desejo
Que inaugura eras
Chamará o reluzente
Filho de Ísis
E a dúvida de todos
Abrir-se-á junto ao portal
Que acorda mundos
O culto dorme junto
Ao templo de Miédrus
Fogueiras ao longe
Acesas
Tendas brancas
Cobertas de pedras
Brilhantes
São os diamantes
Do reino
Sobre o manto das Únicas
Veladas como rainhas
A espera de Lilith
E Virmínia
Na escolha de suas vidas
Ao encontro
Do que na terra
Torna-se vivo
Como homem
Com aroma do cipreste
Do cume das montanhas
Porque é breve
Mas a neve
Que escorre
Pelas entranhas
Deixa um calor guardado
Toda sabedoria
É um parto adormecido
O escolhido
E a nova uva da videira
São cristais navegando
No mar de Netuno
Sob um sol de acalantos.
MIRTES AND THE ORDER OF THE WOMB
The Primacy VERTE
A faun satirizes
Butterflies around
The Míédrus Temple
Singing verses
Boring
The habitus roseados
Women
Among the nymphs
Who are wives
Different
And bring candles
Dozens of colors
For every valley
Lights a start
The same also appears
Being designed
Agony Eyes
There is no smile
In his lips
Notes attentive worship
Intended to Fauno
Bring offerings
Prepared
And a more cheerful corner
No offense
The modesty
The feast of wolves
will be on the hill
Next grass
where the nymphs
serve its fruits
and the sweetest honey
here will serve Descended
and the Great God Horus
also Lilith
lady of the whole kingdom
of the order
the cohort of ladies
the Trojan
and raptoras
forming the two sides
table
between Virmínia
and myself
the center of all
the colors of candles
so beautiful
Dancing small
Wind trace
soon depart
collected
in the bushes
where logs
adorned by flowers
will be your scene
witnesses
the opening of the portal
the between-worlds
before seedlings
now feel the cold
which has the center
the whole rib
where the new
live after the eternal
walk through the ages
and those same
placed there
be a point
what should follow
are elements
worship
the night is not enough
the afternoon is dark
by virtue of the Goddess
eyes to heaven
her red veil
flying
draws the dark
It seems peer
Horizons
The source of that
Is desert
And can be born
At the moment the moon
And the sun find
Form the symbol
Whose fate
Of desire
Which opens ages
Call the gleaming
Son of Isis
And doubt all
It will be open next to the portal
Waking worlds
The cult sleeping together
The temple of Miédrus
Fires in the distance
Lighted
White tents
Stony
Bright
Are diamonds
The kingdom
On the mantle of Unique
Veiled as queens
The waiting Lilith
And Virmínia
In choosing their lives
To meet
What on earth
Becomes alive
As a man
With cypress aroma
Ridge of mountains
Why is brief
But the snow
Flowing
The bowels
Leave a stored heat
All wisdom
It is a sleeping delivery
The chosen
And the new grape vine
Are browsing crystals
At sea Neptune
Under a sun lullabies