[O trapo que se sabe]

[Quase, quase o caniço pensante de Pascal]

Este trapo não mais deseja futurações;

além disto, este trapo pensa que nada merece,

e até ri-se de quem o leva a sério.

Tudo que este trapo quer é ter as suas fibras esgarçadas e cofiadas pelo vento, num pentear suave que não trança confusões de desejos...

E também, este trapo não mais cuida do tempo até a última manifestação da vontade, basta-lhe o vento como criador de sentidos!

Este aqui, oras, é um trapo que se sabe!

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[Desterro, 21 de fevereiro de 2015]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 24/02/2015
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