EPÍLOGO DO BARDO
Seresteiro solitário da emoção,
De cantilena rude sem melodia,
Nas duras letras de sua autoria,
Doa histórias puras em canção.
Sem harmonia arranha o tom,
Porém continua o seu cantar,
Na fantasia de ser seu o dom,
Poemas tristes insiste entoar.
A pena ou lápis é seu florete,
Amareladas folhas seu Coliseu,
Inapto vocábulo é seu verbete,
E na esgrima inábil padeceu.
Sentindo a vida que se extingue,
Pelo golpe que lhe feriu o peito,
Faz poesia escorrida em sangue,
Pois dos versos a morte é o leito.
Em canto de dor serás esquecido,
E linhas de vida no tempo sumirão,
Mas se de alguém tocou o coração,
És a razão... de ter o poeta existido!
Seresteiro solitário da emoção,
De cantilena rude sem melodia,
Nas duras letras de sua autoria,
Doa histórias puras em canção.
Sem harmonia arranha o tom,
Porém continua o seu cantar,
Na fantasia de ser seu o dom,
Poemas tristes insiste entoar.
A pena ou lápis é seu florete,
Amareladas folhas seu Coliseu,
Inapto vocábulo é seu verbete,
E na esgrima inábil padeceu.
Sentindo a vida que se extingue,
Pelo golpe que lhe feriu o peito,
Faz poesia escorrida em sangue,
Pois dos versos a morte é o leito.
Em canto de dor serás esquecido,
E linhas de vida no tempo sumirão,
Mas se de alguém tocou o coração,
És a razão... de ter o poeta existido!