Os Rios que Deságuam em Ti

Por mais longínquos que fluam

os rios caudalosos dos meus sonhos,

minha foz é sempre em teu coração

onde sou lago límpido de mansidão

e, na minha superfície cristalina

tu navegas no barco errante do amor

que velejo nos oceanos do teu ventre

e, no teu colo veludoso eu adormeço.

Sou esfinge alada a sobrevoar mistério,

mistérios que se desvelam ao teu amor;

oh açucena sibilina que desabrochou

com pétalas macias, oh meu grande amor.

Deixe-me percorrer teus caminhos

que deixar-te-ei percorrer os meus;

nossos caminhos entrecruzados, entrelaçados

em um abraço que abraça o infinito.

Por mais longínquos que fluam

os rios porfiosos dos meus sonhos,

deságuo sempre nos teus lábios

que são rubros e doces como o sangue

que corre nos veios da mãe natureza

e, tua beleza, oh açucena, é a das flores;

flor exótica que desabrochou em mim

e perfumou e embelezou os meu jardim.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 24/02/2015
Código do texto: T5148311
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