CEGUEIRA
CEGUEIRA
Ando as cego à beira do precipício,
Tenho uma vara como olhos,
Minha visão foi cegada pela dor.
Minhas noites são eternas
Passo-as em claro,
Como morcegos na caça.
Luto com o meu Deus,
Este me abandonou,
Maldita guerra da razão e emoção.
Vejo ou sinto meu coração?
Ele seca, mas sinto a chuva cair.
Ando tão cego a beira do precipício.
Já não tenho mais um Deus,
Já não tenho mais um amor,
Sou um Ícaro de asas e cego,
Estou pronto mais que nunca,
Pronto para voar...
André Zanarella 26-03-2014