UM POETA TRAPALHÃO
Mal clareia o dia
já se encontra o
poeta de pé,
cara amarrotada
corre a cozinha
ao preparo do café.
Volta sorridente
mas sem ao menos
escovar os dentes.
Puxa a cadeira
até a mesa,
papel e lápis na mão
porém, uma surpresa,
não havia inspiração.
Levantou-se, agitado
andava para todo lado,
Ia a porta ia a janela,
nada passava por ela,
indignado o poeta
enrugava a cara,
franzia a testa,
nada era motivo de festa.
Eis que de repente surgiu
uma faceira donzela,
não havia mais dúvida
sua inspiração seria ela.
Mas como fazer poesia,
sem nem seu nome ele sabia?
Irritado, fechou a velha janela
na porta passou a tramela,
voltou a cama e dormiu
para que pudesse sonhar com ela.
Êta poeta atrapalhado
caiu em sono pesado
se bobear meu irmão,
acorda todo mijado.
SONIA BRUM