UM POETA TRAPALHÃO

Mal clareia o dia

já se encontra o

poeta de pé,

cara amarrotada

corre a cozinha

ao preparo do café.

Volta sorridente

mas sem ao menos

escovar os dentes.

Puxa a cadeira

até a mesa,

papel e lápis na mão

porém, uma surpresa,

não havia inspiração.

Levantou-se, agitado

andava para todo lado,

Ia a porta ia a janela,

nada passava por ela,

indignado o poeta

enrugava a cara,

franzia a testa,

nada era motivo de festa.

Eis que de repente surgiu

uma faceira donzela,

não havia mais dúvida

sua inspiração seria ela.

Mas como fazer poesia,

sem nem seu nome ele sabia?

Irritado, fechou a velha janela

na porta passou a tramela,

voltou a cama e dormiu

para que pudesse sonhar com ela.

Êta poeta atrapalhado

caiu em sono pesado

se bobear meu irmão,

acorda todo mijado.

SONIA BRUM

Sonia Brum
Enviado por Sonia Brum em 23/02/2015
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