A morte tem sua beleza.
Aqueles que 
amam o morto
têm a oportunidade
de o admirarem em seu 
sono profundo.

 
De lamentarem a
falta que, dele, sentirão,
relembrando os 
bons momentos.
Tentam esquecer de tudo
o que não 
tenha sido bom,
ou de tudo o que 
não tenha sido bonito
para ser lembrado.

Choram em 
demonstração de
profundo sentimento 
de perda.
Prestam homenagem
usando vestes de
cor preta, 
simbolizando a dor sentida,
causada pela  ausência
do estimado morto.

Ah! Que pena que o morto
não tenha participação
em todos esses gestos
criados em prol de sua 
despedida e 
de sua partida.

Aliás, o falecido nem 
tomou conhecimento 
de sua morte, portanto
ainda vive e viverá 
 enquanto
aqueles que o 
amam viverem.

A morte tem sua 
beleza.
Há quem acredite 
que a morte transforma
o ser em estrelas,
há quem acredite que a 
morte transforma o ser
num sujeito festeiro, 
pois o imagina celebrando
no céu diariamente.
Há quem acredite que 
todos serão bons.
Aqueles que não eram bons,
se arrependerão com 
o perdão divino.

Eu acredito que o
ser se divide ao morrer.
Isto mesmo!
Ele se divide em dois:
A parte boa de si vai para
o céu e a parte 
má de si vai 
vai para o inferno.

Assim todos ficarão 
felizes e juntos eternamente.
Haverá, então, festas diárias
no céu e no inferno.
E todos serão felizes
para sempre.


 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 23/02/2015
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T5147266
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