CAOS

Se é pra chorar eu rio,

eu oceano, eu me riacho todo.

Desafio todo canto torto,

todo santo aborto de esperar.

Bato aflito as asas depenadas

pelas estradas levando a ilusão,

a corda lá desafinada,

cara fechada, nada quero não.

Pão chegou frio e o beijo amargo,

vou amargando essa sofreguidão,

dissimulado e morto sigo cansado,

esmiuçando quase tudo em vão.

Mas vem um dó, que dá um nó,

mudando a direção.

É tanto tédio, desilusão,

penso que o mundo é meu quintal,

e o espaço sideral é meu porão.

Os objetos espalhados, por todo lado,

o caos, na mais perfeita ordem,

já não condiz ter condição.

Saulo campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 23/02/2015
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T5147228
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