ARMAS
Quando não houver mais tempo pra nós dois,
quando for passado o depois.
Depois, quando a boca não quiser mais riso,
quando tudo aquilo não mais for preciso.
Quando toda dor se tornar alegria
quando a realidade der em fantasia,
quando a canção renegar a poesia,
quando a indignação não for só euforia.
Quando a melodia não pedir refrão,
e a harmonia faltar no bordão,
quando faltar dissonância.
Então, quando a relutância invadir a alma,
será rotina perder toda calma
quando toda arma perder a razão.
Saulo Campos - Itabira MG