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Ele que já não tinha tempo, que já não questionava

Ele que só trabalhava e nada via

Todavia ainda validava um pingo de amor

Ele que já nem acordava, pro café ou pra vida

Nada mais o valia, sempre nos olhos se via a dor

Ele que não tinha tempo, só carecia o básico

O feijão com arroz, duas horas de TV e mais nada

Aquele mesmo não que produzia e não questionava

No ultimo minuto da vida questionou.

...

E apagou.

No mais puro superlativo;

Com a mão na boca o grito

Da arma sem gatilho o tiro

A desconstrução da rima

A charge mal ilustrada

A frase mal lida

A ortografia mal ensinada

Minha exclamação sem nexo

O corpo curto e o ponto longo

Da mesma forma da partida

de quem pensa que vive a vida

e não sabe o que é

V ontade

I dade

V er.

- Todo folego é gerado do surto cerebral.

Jaina
Enviado por Jaina em 22/02/2015
Reeditado em 12/03/2015
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