Desejo de flor

" Se as coisas são inatingíveis… ora!

Não é motivo para não querê-las…

Que tristes os caminhos, se não fora

A presença distante das estrelas!"

( Mario Quintana )

Desejo de flor

De utopias eu entendo bem

sempre quis o inatingível

o que estava sempre mais além

o que quase ninguém via

ou as sensações

aquelas

as mais belas

as mais genuínas

tipo

menina sorrindo

num balanço

com os cabelos levados pelo vento

ou o o vestido

da cor do pôr-do-sol

mais bonito

de um carmim

nunca visto

pra ficar diferente

posto que bem inocente

E dos beijos e abraços

sempre quis

a ternura macia

exacerbada às vezes

por um bom vinho tinto

capaz de entorpecer os olhares

ou despertar todos os instintos

que fazem

do cenário amoroso

o mais cálido

o mais lindo

Ah,

das utopias eu entendo

quando vejo

um pouco mais adiante

as ruas baldias de maltrapilhos

ou de jovens sem sonhos

como zumbis nas esquinas

Os meus vagalumes

alumiam mais

que as lâmpadas modernas

são quase estrelas reais

que

Vez ou outra

viram cadentes

e me despertam

em pleno dia

do sono pesado

imposto

pela falta de ideais

As coisas tangíveis

ora!

não há que persegui-las!

O caminho mais florido será

o que antes foi

revelado nas sementes

se não não houver o desejo de flor

um sonho a ser alcançado....

Nada

absolutamente nada

fará sentido!

amarilia
Enviado por amarilia em 22/02/2015
Reeditado em 22/04/2015
Código do texto: T5146483
Classificação de conteúdo: seguro