Remissão
Para remissão do mal que, há décadas, tenha feito,
Não te aceitando a meu lado para vivermos a vida,
Por conta de outra recém iniciada, te vi, sofrida,
Ensimesmar, seguir em frente, guardando-me no peito.
Quando, entre tantas lágrimas sentidas, me contas,
Das quantas vezes escreveste meu nome nas areias
Das praias, junto ao teu, creio e espero que creias,
Que daria a vida para não tivesses sofrido tal afronta.
Décadas passaram e nos amamos como amantes,
Vivendo cada segundo juntos como se o derradeiro,
E pude te comprovar que meu amor, por verdadeiro,
É infinitamente maior que o com que te venerei antes.
Hoje, de novo, por razões e motivos alheios e diversos,
Estamos separados, escrevendo mútuos nomes na areia,
No aguardo de que te livres dos grilhões dessa cadeia
e te prendem ao passado, a ser redimido entre versos.
Para remissão do mal que, há décadas, tenha feito,
Não te aceitando a meu lado para vivermos a vida,
Por conta de outra recém iniciada, te vi, sofrida,
Ensimesmar, seguir em frente, guardando-me no peito.
Quando, entre tantas lágrimas sentidas, me contas,
Das quantas vezes escreveste meu nome nas areias
Das praias, junto ao teu, creio e espero que creias,
Que daria a vida para não tivesses sofrido tal afronta.
Décadas passaram e nos amamos como amantes,
Vivendo cada segundo juntos como se o derradeiro,
E pude te comprovar que meu amor, por verdadeiro,
É infinitamente maior que o com que te venerei antes.
Hoje, de novo, por razões e motivos alheios e diversos,
Estamos separados, escrevendo mútuos nomes na areia,
No aguardo de que te livres dos grilhões dessa cadeia
e te prendem ao passado, a ser redimido entre versos.