O HIPPOCAMPUS
trocaria de bom grado
a violência desmedida deste mundo,
pela paz inominável do mar profundo
e seu segredo sagrado.
nadaria dias a fio
a liberdade de não empreender buscas,
onde o sol, se não aquece, também não ofusca
e tudo permanece frio.
manteria a pose de cavalo-marinho,
silencioso e sozinho,
rodeando corais.
escreveria a gênese de um novo caminho,
eu, cavalo-marinho,
nos lugares abissais.