Da Loucura

Ao sorrir, confessei que sou um réu feliz

por não cumprir a lei da tal felicidade;

pois cumpri-la não sei...aprender nunca quis...

e, sem saber, fiquei, sim, feliz de verdade.

No riso-confissão, confessei alegria;

porque, no coração, já não sei sorrir pouco;

e, mesmo sem razão pra sorrir todo dia,

meu sorriso sem chão vem diário e louco.

Loucura que me traz a nudez inocente;

numa insana paz...numa demência zen...

num nu sorrir que diz, na confissão do bem,

que se louco me fiz (esse feliz demente)

é que sinto a luz que só um louco sente;

e tenho olhos nus que só um louco têm.

21-02-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 21/02/2015
Reeditado em 23/12/2023
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