CHUVA QUE VEIO A MIM.
Vejo a chuva através da janela
penso em banhar-me nela
Me vejo, molhada, transpirando alegria,
corro em direção a porta, faço da chuva
poesia.
Deixo que meu corpo se inunde, dessa
água cristalina.
Por instantes não me sinto mulher,
sinto-me menina.
Meu corpo se torna leve, meus pés,
não mais tocam o chão, flutuo como nuvens,
dou asas a imaginação, bailo como um cisne
em lagos claros, em noites de verão.
Meus pensamentos ultrapassam meus limites
meu coração explode com força de dinamite,
quero ir além, ser alguém, não mais ser refém.
Quero sentir meu corpo molhado, sentir calor,
sentir frio, tocar a liberdade, fazer de mim felicidade,
preencher de amor meu corpo vazio.
SONIA BRUM