Brincando com os versos
queria morrer agora,
desabar em seus braços,
para que sentisse o peso vil
e amargo da minha dor
em seu colo me entregaria
feito flores de cactos
que se rendem à catinga
do velho e cansado sertão
talvez eu morresse
de fome e medo,
talvez eu vivesse para sempre
aconchegado em suas mãos
a vida é binária:
ora você ri e chora,
ora você canta e assovia,
ora você morre sem saber