Engolindo as palavras.
Pego uma palavra
Aqui.
A outra eu apanho no
Pé.
A poesia escorrega
Pego com a a pá,
O que dela restou
Miúda,esparramada
Não piso nela.
Estilhaçada
Embaraçada,
As palavras,grudam
Nas pernas,nos pêlos curtos.
Não morreram!
Elas correm pela casa
Confusas.
De mãos dadas...
Vogais,e difusas reticências.
Vão escalando o meu corpo
Querem a minha boca.
A "louca",não desiste de mim.
Não são formigas...
São as minhas melhores
Amigas.
Engulo...me faz bem.
Engasgo,pois as interrogações
Enroscam na garganta.
"Gancho" perfeito,para degustar
Palavra por pa la vra.
As frases,vão ensaiando um
Cardápio dialético.
Banquete...anoréxico
De mim.