Engolindo as palavras.

Pego uma palavra

Aqui.

A outra eu apanho no

Pé.

A poesia escorrega

Pego com a a pá,

O que dela restou

Miúda,esparramada

Não piso nela.

Estilhaçada

Embaraçada,

As palavras,grudam

Nas pernas,nos pêlos curtos.

Não morreram!

Elas correm pela casa

Confusas.

De mãos dadas...

Vogais,e difusas reticências.

Vão escalando o meu corpo

Querem a minha boca.

A "louca",não desiste de mim.

Não são formigas...

São as minhas melhores

Amigas.

Engulo...me faz bem.

Engasgo,pois as interrogações

Enroscam na garganta.

"Gancho" perfeito,para degustar

Palavra por pa la vra.

As frases,vão ensaiando um

Cardápio dialético.

Banquete...anoréxico

De mim.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 05/06/2007
Reeditado em 05/06/2007
Código do texto: T514330
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