NO OUTONO
Num estalar de dedos, a vida passou
Não ouvi a voz de quem me chamou
Folhas caídas em pleno Outono
Deram o tom de todo aquele abandono.
Cada passo rumo à vida demandou energia
As lembranças voltavam-se para uma certa melodia
Tudo se transformava em grande mistério
Em cada rosto, um semblante sempre sério.
A vida passou, o vento soprou
Meus cabelos esvoaçaram-se
E hoje tudo em mim são só indagações
Respostas existem, mas não me convencem.
Só me surpreendem as pessoas normais
Também os seres confusos, muitas vezes irreais...
Uma soma de perguntas carrego agora
Vou levá-las comigo por esse mundo afora.
Glaucia Ribeiro (16/02/2015)