GRUTA DE MAQUINÉ
Antonieta Lopes
Subterrâneo palácio de altas salas,
Com toda arquitetura natural,
Onde o Arquiteto-Mor para ornamentá-la,
Estalagmites fez, de mineral.
Nas retorcidas vólutas, que galas!
No fundo, na parede lateral
Galerias internas, pra alcançá-las
Lá existem degraus em espiral.
Silente a natureza trabalhou
E foi aprimorando devagar
Uma coluna aqui, ali um platô.
Milhões e milhões de anos a passar
Do teto a estalactite que pingou
No solo com esmero fez seu par.