Espera.

E eu achando

Que já era madrugada

Que já poderia ficar fora da casca

Mas ainda são 5 pra meia noite

Ando pela casa

E só encontro garrafas quebradas

Copos vazios

E de fundo uma canção de funeral

Os pés descalços fingem

Não se importar com o frio do chão pálido

O silêncio maligno do prelúdio da madrugada

Rasga meus ouvidos

Ensurdecendo minha alma

A Cama me espera

Para a hibernação

Mas não quero adormecer

Não quero ir para outro lugar

Espero paciente a hora certa chegar.